terça-feira, 23 de junho de 2009

Origem da Palavra "DEUS"

A origem da palavra DEUS.

Tanto a forma capitalizada do termo Deus quanto seu diminutivo, que vem a simbolizar divindades, deidades em geral, tem origem no termo latino para deus, divindade ou deidade.

Português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original com o final do substantivo em "us", diferentemente do espanhol dios, francês dieu, italiano dio e do romeno, língua que distingue Dumnezeu, criador monoteísta e zeu, ser idolatrado. O latim deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino" descendem do Proto-Indo-Europeu *deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. E atualmente no mundo cristão é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco". O hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus "A Vós, ó Deus, louvamos". A expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, Deus trará um fim à isto. O grito de guerra utilizada no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, Deus está conosco, assim como o grito das cruzadas Deus vult, assim quer Deus, esta é a vontade de Deus.

○Em latim existiam as expressões interjectivas:

"O Deus meus" e "Mi Deus" correspondentes às seguintes formas neolatinas e germânicas:

○Pt.: (Oh) meu Deus! (Ah) meu Deus! Deus meu!
○Cat.: Déu meu!
○Esp.: ¡(Ay) Dios mio!
○Arag.: Ai ridiós!
○Fr.: (Oh) Mon Dieu!
○Bret.: Ma Doue!
○It.: Dio Santo! Dio mio!
○Ro.: (O) Doamne! Dumnezeule!
○Ing.: Oh my God! As variações Oh my Gosh!, Oh, My! Oh my Goodness! se dão devido ao forte tabu cristão.
○Al.: (Ach)/(O) mein Gott!
○Hol.: O, mijn God!
○Din.: Åh Gud!
○Nor.: Herregud! Herre Gud!
○Sue.: Oh Herregud! Oh min gud!
○Esperanto: Mia Dio!

Dei é uma forma flexionada ou declinada de deus, usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apóstólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").

A palavra "Deus," através da forma declinada "Dei," é a raíz de deísmo, pandeísmo, panendeísmo, e polideísmo, ironicamente tratam-se todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. . Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII E XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo", crença em um deus providente e interferente.

Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou a expressão "the Deus" para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um "Deus" teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo Deus substituiu God no longínquo século XXXI, pois God veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo.

São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים , אלהים) para o latim como Deus.

A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na filosofia cartesiana, a expressão deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um Deus malévolo que proccura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento. Outra é deus otiosus ("deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário. Um conceito similar é deus absconditus ("deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se à uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.

A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[4]

A forma capitalizada "Deus" foi primeiramente usada na tradução gótica de Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.

Fonte: Wikipédia
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Concepções de Deus

As concepções de Deus variam amplamente.

Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações. As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.

As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; o ponto de vista de Deus no budismo praticamente não é teísta.
Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processo e teísmo aberto.
Concepções de Deus formuladas por pessoas individuais variam tanto que não há claro consenso sobre a natureza de Deus.
O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida.




○Doutrina espírita - Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.

○Martinismo - Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente... No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."

○Teosofia - Baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.

○Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.

○Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: “Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo”.

○Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses.
Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: “o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião”, o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que deus é um detalhe meramente secundário.

○Cientologia Moderna - Baseia-se não só na ciência explicando cada fato descrito em todas religiões mostrando que possivelmente todas as religiões estão interligadas, sendo que cada uma possui um Deus, um seguidor, um principio e um fim. O Deus da cientologia é considerada a natureza pois ela é mais forte que os demais.
Na cientologia só existe um suposto Diabo quando há ausência de Deus ou seja, quando a natureza corresponde de forma negativa causando distúrbios aos seres da terra.

○Especula-se o que significa na Bíblia a palavra "Deus":
"no céu e na terra há alguns que se chamam deuses. Todavia para nós há um só Deus, o Pai." I Coríntios 8:5 e 6
"Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra, poder sempiterno. Amem." Timóteo 6:16
"Eu Sou o Primeiro e Eu Sou o Último. Fora de mim não há Deus." Isaías 44:6
"Não terás outros deuses diante de Mim" (singular) Êxodo 20:3
"Jesus disse: E a vida eterna é está: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3
"E o Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome." Zacarias 14:9.


Fonte: Wikipédia


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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Nomes de Deus

A palavra Deus no latim, em inglês God e suas traduções em outras línguas como o grego Θεός, eslavo Bog, sânscrito Ishvara, ou arábico Alá são normalmente usadas para toda e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião.

Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em todas as capitais, isto significa que a palavra representa o tetragrama. Deus também pode receber um nome próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que enfatizam sua natureza pessoal, com referências primitivas ao seu nome como Krishna-Vasudeva na Bhagavata ou posteriormente Vixnu e Hari, ou recentemente Shakti.

É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no Qur'an, e as várias listas de milhares de nomes de Deus e a lista de títulos e nomes de Krishna no Vixnuísmo.

Nas religiões monoteístas atuais (judaísmo, zoroastrismo, cristianismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo “Deus” refere-se à idéia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH). Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Salvador", "O Criador" ou "O Supremo", e assim por diante.

Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões hebraicos, como Rafael ("curado por Deus" - El), e árabes, por exemplo Abdallah ("servo - abd - de Deus" - Allah).

Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.

As principais características deste Deus-Supremo seriam:

a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e,
a Onisciência: poder de saber tudo.

Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam:

o Bagavadguitá, dos hinduístas;
o Tanakh, dos judeus;
o Avesta, dos zoroastrianos;
a Bíblia, dos cristãos;
o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias;
o Alcorão, dos islâmicos;
o Guru Granth Sahib dos sikhs;
o Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís;

Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como:

Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica;
Zoroastro, na fé zoroastriana;
Jesus Cristo, na fé cristã;
Maomé, na fé islâmica;
Guru Nanak, no sikhismo, e;
Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í


Fonte: Wikipédia
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